Desde a primeira temporada de Rensga Hits, eu já entendia que a série era uma ótima adição ao catálogo do Globoplay. É uma série leve, engraçada e que, principalmente, conversa muito bem com o público brasileiro. E isso se repete na segunda temporada, sem ser nem um pouco enjoativo.
Fale Mais sobre Isso
Na segunda temporada, vamos ver a ascensão das irmãs Raissa e Gláucia como dupla sertaneja, que, mesmo sempre estando em pé de guerra, vão entender que juntas podem alcançar o estrelato. No meio disso, muitas paixões e desilusões amorosas vão servir de inspiração para o repertório delas e de outros personagens.
Uma série brasileira que não se passa no Rio de Janeiro e nem em São Paulo.
Recentemente, escutei algo que reforçou um pensamento que, mesmo longe de ser algo pessoal, é algo que pouco se fala: a pluralidade do nosso país. Como a cultura em cada canto do Brasil é completamente diferente uma da outra e, quando vemos finalmente algo que foge do comum, do que estamos acostumados a ver no entretenimento — séries sobre crimes que se passam no Rio de Janeiro ou sobre negócios que se passam em São Paulo — chega a ser um alívio.
E a indústria musical sertaneja não é algo que passa batido no Brasil. Mas realmente vemos poucas obras sobre isso. E, olha, Rensga Hits é bem caricata e é para ser algo divertido. Porém, a lá polêmicas sobre P Diddy, será que não temos uma boa oportunidade aqui, baseada em algumas polêmicas sobre sertanejos? Só jogando a ideia…
Mas e a segunda temporada?
Não deixa nada a desejar em relação à primeira. É uma continuação bem concisa, trazendo tramas e personagens novos, romances, vilões inesperados, e tudo isso sem deixar coisas importantes da temporada anterior cair no esquecimento.
É muito importante destacar a qualidade de atuação desse elenco, que consegue, a cada diálogo, teletransportar o público para o interior sertanejo do nosso país. Além, é claro, da qualidade vocal. Impressionante como todos eles cantam bem. Destaque novamente para Alice Wegmann, que poderia ser facilmente uma estrela da música.
A representatividade LGBT+ tem que ser comemorada
Quando Rensga Hits introduziu, lá atrás, um personagem cantor de sertanejo que cumpria todos os estereótipos de sertanejos “machões”, inclusive até mesmo adotando o codinome de “Cafajeste do Sertanejo”, mas que, na verdade, por trás dos holofotes, se envolvia com outros homens e se apaixona pelo próprio segurança, os dois muito bem interpretados por Alejandro Claveaux e Samuel de Assis, eu constatei que são em obras desse tipo que a representatividade realmente importa.
Existe uma quebra de expectativa: não esperamos ver um sertanejo “machão” sendo romântico e carinhoso com outro homem. E são esse tipo de trama que, aos poucos, pode normalizar a existência de pessoas LGBT+ na sociedade. Elas existem.
Na segunda temporada, o resgate de um romance sáfico entre as personagens de Deborah Secco e Fabiana Karla é uma das coisas mais sensacionais da temporada. E coloca em xeque coisas muito importantes, em paralelo com o casal citado anteriormente, como a homofobia que ainda é extremamente presente no meio sertanejo e o quanto custa caro assumir a sua verdade.
E vale a pena Assistir?
No final de uma série, acho importante que ela faça a gente querer continuar assistindo, e Rensga Hits cumpre muito bem esse papel. Mal posso esperar para assistir à terceira temporada, que já está confirmada e deve chegar na plataforma do Globoplay em 2025. Até lá!
REEEENSGA!
- Veja também: Citadel: Diana é melhor que a série original!
No final de uma série, acho importante que ela faça a gente querer continuar assistindo, e Rensga Hits cumpre muito bem esse papel. Mal posso esperar para assistir à terceira temporada, que já está confirmada e deve chegar na plataforma do Globoplay em 2025.