O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim é uma animação que pouco se espera e tem uma entrega considerável!
Muito antes de “O Hobbit” e antes então da saga de “Senhor dos Anéis” encontramos aqui uma animação que conta com vários elementos da Terra Média que conhecemos para reviver nos corações saudosistas de aventuras inspiradas por Tolkien. E como um grande conto que é capaz de nos envolver, ao utilizar o anime como ferramenta, temos um épico quase que instantâneo!
Logo, somos apresentados a “O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim”!
Protagonismo feminino
Conhecemos logo de cara a uma jovem chamada Hera, filha do Helm “Mão de Martelo” que é o nono Rei de Rohan. A menina tem um espírito aventureiro, gosta de cavalgar pelos campos conhecendo criaturas fantásticas.
Tudo estava aparentemente em paz até que o Rei e seus filhos são agraciados com visitas de outros reinos e aqui somos apresentados a Freca, líder do clã de homens selvagens.
Freca propõe que seu filho Wulf case-se com Hera, que se recusa; então Helm e Freca resolvem as coisas à moda antiga: aos socos. Uma fatalidade acaba acontecendo e por anos não ouvimos falar de Wulf e seu clã até que um dia ele retorna com sede de vingança.
História que te prende e uma animação desafiadora
Um dos acertos da animação é que Hera não é uma princesa que precisa de proteção e nem uma guerreira em si. Ela é uma garota que sabe lutar sim, mas o foco da história é mostrar os acontecimentos pela perspectiva da garota.
Assim que o Wulf a história fica muito mais interessante pois somos apresentados a “monstros” daquela época, acontecem as cenas de maiores ação e lutas. Um parênteses aqui é que “ficou faltando sangue em tela”. Estranho, né? Eu esperava que como animação eles iam atravessar essa barreira (pois nos filmes de Peter Jackson eu também queria mais). Uma coisa que o Peter adapta muito bem são os cenários belos, vastos e coloridos, mas na ambientação aqui do diretor Kenji Kamiyama faltou isso.
Do meio para o final Hera divide parte do protagonismo com seu pai Helm e isso é interessante, pois nos faz ter certa simpatia pelo personagem que até então podíamos dizer que foi o causador da Guerra.
Mas há alguns outros pontos bem interessantes: A Animação em estilo anime é bem bonita e foi uma boa sacada trazer Senhor dos Anéis por essa perspectiva. A história tem inicio, meio e fim sem pontas soltas (ou não, pois no final são introduzidos dois personagens da Trilogia mais famosa – o que indicaria uma continuação ?)
Eu gostei muito também da trilha sonora pois se encaixa perfeitamente nas cenas, trazendo aquele clímax e nos colocando basicamente dentro do filme.
E vale a pena assistir?
O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim aposta em um formato de animação para aproximar do público que absorveu sobre a primeira trilogia que foi ao ar há mais de 20 anos. Com a popularização dos animes via streamings essa foi uma boa pedida (apesar de achar que faltou um pouco mais de CGI em umas cenas).
Introduzir uma personagem principal feminina também poderia ser um tiro no pé para aqueles maiores fãs chatos que querem que o filme seja cópia dos livros, mas aqui a Hera não é cansativa nem forçada e você vai se encantar por ela, vai por mim.
Não é um filme que te faz ter grandes emoções, como na Trilogia original, mas vale muito a pena. Inclusive, assistam dublado se possível, pois ficou impecável.
O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim está em exibição nos cinemas.
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O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim aposta em um formato de animação para aproximar do público que absorveu sobre a primeira trilogia que foi ao ar há mais de 20 anos. Com a popularização dos animes via streamings essa foi uma boa pedida.