“O Maníaco do Parque” estreou no Prime Video e retrata a história de Francisco de Assis (interpretado por Silvero Pereira), o mais notório serial killer do Brasil. Preso em 1998, ele foi condenado pelos estupros e assassinatos de 11 mulheres. O filme se propõe a contar a história real do Maníaco a partir da perspectiva de Elena (vivida por Giovanna Grigio), uma jovem jornalista que se envolve no caso e contribui para desvendar a identidade do criminoso. No entanto, Elena é uma personagem fictícia.
A criação de Elena teve o objetivo de promover uma “reparação histórica”. De acordo com o diretor Maurício Eça, contar a história a partir do ponto de vista de uma mulher oferece uma narrativa com um olhar feminino.
“Escolhemos uma protagonista feminina que não existiu, o que talvez seja o elemento mais fictício do filme. Elena simboliza uma jornalista que trabalha em um ambiente tóxico e machista, e que luta para conquistar seu espaço. Ela passa por uma transformação ao perceber que a história não é apenas sobre o maníaco, mas sobre as mulheres, as vítimas”, explica Eça.
Em relação à possível desinformação que o filme possa gerar, a pesquisadora Thais Nunes, que colaborou no desenvolvimento do roteiro escrito por L.G. Bayão, defende que Elena foi criada para reunir características de várias pessoas reais em uma única personagem. Nunes sugere que, para o público que deseja saber mais sobre a investigação real, a série documental “Maníaco do Parque: A História Não Contada”, que estreia no Prime Video em 1º de novembro, oferece detalhes adicionais, assim como um documentário em áudio na Audible, com materiais exclusivos sobre o caso.
Eça enfatiza que, apesar de Elena ser fictícia, os eventos retratados são verídicos, assim como o contexto da história. “Os fatos realmente aconteceram: o retrato falado publicado no jornal, a polícia chegando até ele através de uma denúncia. Elena representa vários outros personagens, tanto jornalistas quanto policiais”, afirma o diretor.