Lobisomens é a produção que faz Jumanji encontrar “Cidade Dorme”!
Filmes e séries que adaptam jogos estão cada vez mais em alta. Alguns acertos, outros questionáveis, mas o fato é que existe uma busca de adaptar de um modo a mecânica presente na mídia original. E desta vez, em vários aspectos, encontramos acertos na transposição para outra mídia.
Assim, ‘Lobisomens’ chega na Netflix adaptando o jogo de tabuleiro homônimo, que podemos chamar de “cidade dorme” em alguns momentos, com uma assertividade que poderia causar inveja em certas produções de Hollywood. Obviamente existem certos problemas de ritmo e de construção nos atos na obra, porém num geral, o longa é um genérico de Jumanji aceitável e divertido.
Fale Mais Sobre Isso
Jérôme está buscando desesperadamente unir sua família, por isso propõe que todos joguem um antigo jogo de cartas. E depois de muita recusa, os familiares aceitam participar, mas a situação logo sai de controle quando, misteriosamente, eles são transportados para a Idade Média. Assim, presos em um vilarejo, eles descobrem que lobisomens atacam a aldeia toda noite, e agora precisam descobrir quem entre eles é o monstro, para que assim voltem para suas realidades!
A Aldeia Dorme…
Se você nunca jogou Lobisomens (Ou Lobisomem por Uma Noite) a dinâmica é simples: O jogo consiste em cartas entregues para os participantes que indicam o papel que eles assumem. Cada personagem possui uma habilidade e a meta do jogo é derrotar os lobisomens tentando identificá-los ao longo da partida.
E a toda construção do longa segue esse propósito, mas com o toque de fantasia transportando a família protagonista para o tabuleiro. Com isso, as interações são interessante e a ambientação da Idade Média é convincente.
Ao mesmo tempo, até a aplicação das habilidades dos personagens são adaptadas de forma coesa com a intenção do longa, o que nos leva a entender e acreditar no que são capazes de fazer.
Contudo, o ritmo se perde no segundo para o ato final, onde a pressa com certas resoluções, e o delongar com outras situações, tornam tudo um tanto confuso. De igual modo, alguns personagens que são julgados importantes para trama não tem tanto assim o que fazer no fim das contar.
Logo, tanto acertos quanto erros, tornam esse um filme digno de sessão da tarde na melhor forma possível.
Lobisomens se Reconheçam!
Quando a família Vassier é transportada para o cenário do jogo Lobisomens, entendemos que as possibilidades de utilizar o fantástico seriam as mais abrangentes possíveis.
E até certo ponto isso contribui para a narrativa, principalmente quando a ação ganha a tela. Nas demais sequências, uma certa morosidade e a inserção de momentos musicais deixam tudo meio perdido. Como se fosse feito apenas para preencher o tempo do longa.
Sem contar que um certo personagem mostrado no início da aventura, se torna uma artifício quase esquecido e que funciona apenas para uma piada física ao final. Ou seja, quando Lobisomens foca na dinâmica do jogo que se origina, encontra o caminho, mas ao inserir certas dinâmicas, se perde na própria construção.
Vale a Pena Assistir?
‘Lobisomens’ demonstra muita assertividade como adaptação que poderia causar inveja em certas produções de Hollywood. Obviamente existem certos problemas de ritmo e de construção nos atos na obra, porém num geral, o longa é um genérico de Jumanji aceitável e divertido.
Lobisomens está disponível na Netflix.
- Veja também: Os Anéis de Poder traz uma 2ª Temporada muito melhor
'Lobisomens' demonstra muita assertividade como adaptação que poderia causar inveja em certas produções de Hollywood. Obviamente existem certos problemas de ritmo e de construção nos atos na obra, porém num geral, o longa é um genérico de Jumanji aceitável e divertido.