Lobisomem busca atualizar o monstro, mas esquece de elementos importantes!
Atualizar monstros clássicos do cinema tem sido uma tarefa árdua e ingrata para muitos! Pois o que temos, na maioria das vezes, é um festival de boas ideias, mas uma execução nada satisfatória, tornando tudo um espetáculo de vergonha alheia como em ‘A Múmia’ com Tom Cruise e ‘Drácula – A História Não Contada’. Contudo, existem alguns acertos pontuais, como ‘O Homem Invisível’ (2020), que por sinal é do mesmo diretor da obra que estamos comentando. Existem conexões? Não! E nem o mesmo tratamento para certos elementos importantes!
Desta forma, ‘Lobisomem‘ do diretor Leigh Whannell funciona quando se propõe em atualizar certos aspectos da mitologia do monstro de forma dinâmica, assustadora e competente. Contudo, por mais que a criatura seja o foco, os demais personagens se perdem na falta de química e drama em seus arcos, que busca forçar no espectador um certo apreço. Ou seja, no fim das contas, nos importamos muito mais com o Lobisomem em si do que com quem quer fugir dele!
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Blake vive uma vida comum com sua esposa Charlotte, e sua filha Ginger, porém quando seu pai morre, ele decide ir com sua família até o local onde viveu sua infância. Entretanto no caminho eles são atacados por uma criatura desconhecida, e agora Blake deverá lutar pela sobrevivência de quem ama, ao mesmo tempo que enfrenta consequências monstruosas!
Hoje vai ter Lua Cheia
Leigh Whannell é quem comanda a produção atualizando de maneira dinâmica e competente a mitologia da criatura tão conhecida das lendas e fábulas.
Essa atualização se expande para os aspectos físicos e sensoriais do monstro. Nos dando o ponto de vista e a perspectiva do mesmo de tal forma que isso é utilizado para amedrontar, causar tensão e nos deixar atônitos quando o grotesco assume a tela. E nisso o diretor acerta de forma exímia!
O Lobisomem que surge nos deixa assustados, com medo, pois não é simplesmente um cachorro gigante ou coisa do tipo, é algo que se mistura entre o humano e o animal, sem uma forma definida e capaz de matar de forma violenta. Aliás, o trabalho de efeitos visuais, práticos e maquiagem é muito competente!
Porém, o mesmo não se pode dizer da trama!
Há momentos demorados, arrastados, onde os personagens não conseguem demonstrar realmente a química que possuem. Até mesmo quando declarações são ditas, tudo soa artificial, ao mesmo tempo que a carga dramática da reviravolta pode ser compreendida nos momentos iniciais do longa, e não possui o peso necessário para cativar o público.
Ou seja, neste filme sim torcemos pelo Lobisomem!
Auuuuuuuuuu (in Lobisomem voice)
Blake e sua família estão distantes, algo que se reflete por conta de sua infância complicada com o seu pai. Agora, com a morte do patriarca, ele decide voltar a casa onde cresceu, mas um mal monstruoso espera Blake e sua família da pior forma possível.
O que não torna esse ‘Lobisomem’ um acerto completo é falta de dinâmica das personagens dentro dos seus conflitos. E até mesmo a inserção dessas situações deixam a narrativa inchada, a ponto de buscar resolução em duas ou três frases clichês para solucionar esses problemas.
Pode até funcionar por uns cinco minutos, mas depois, tudo se torna insípido entre eles. Justamente por que Ginger é irritante, Charlotte é apática, deixando Blake encarregado de nos gerar empatia! Um caminho arriscado por conta das decisões do roteiro, e o caminho que o personagem percorre.
E entre boas aplicações de efeitos nas criaturas, um pouco de gore, e uma enrolação no último ato, essa releitura do clássico funciona justamente pelo personagem título, pois é por quem a gente acaba se importando!
E Vale o Ingresso?
‘Lobisomem’ do diretor Leigh Whannell funciona quando se propõe em atualizar os aspectos da mitologia do monstro de forma dinâmica, assustadora e competente.
Contudo, por mais que a criatura seja o foco, os demais personagens se perdem na falta de química e drama em seus arcos, que busca forçar no espectador um certo apreço. Ou seja, nos importamos muito mais com o Lobisomem em si do que com quem quer fugir dele!
‘Lobisomem’ está em cartaz no Cine A!
'Lobisomem' do diretor Leigh Whannell funciona quando se propõe em atualizar os aspectos da mitologia do monstro de forma dinâmica, assustadora e competente.