Kraven, o Caçador demonstra o maior acerto da Sony: Encerrar esse universo!
Quando a Sony decidiu começar esse universo do Homem-Aranha sem o Homem-Aranha pegou todos os fãs de surpresa e nada ansiosos por suas produções. Sejamos sinceros, hype algum nos conduziu ao cinema para assistir Venom, Morbius ou Madame Teia, apenas a sensação mórbida de curiosidade. E agora mais um capítulo chegou às telonas.
Assim, Kraven, o Caçador demonstra o maior acerto da Sony: Encerrar esse universo! Infelizmente o filme do vilão do teioso não sustenta os seus conceitos, tão pouco se faz interessante para que o público encontre algo que o faça continuar atento a história. Tudo isso em meio a diálogos sofridos, atuações sem qualquer entusiasmo e erros técnicos que ficam escancarados ao espectador. Fazendo com que toda experiência seja tão descartável quanto qualquer produção que veio antes!
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Sergei Kravinoff perdeu a mãe ainda adolescente, e sua relação com o pai, Nicolai, não é das melhores. Tendo apenas no irmão Dmitri algum vínculo familiar. Porém, após um incidente em uma caçada, Sergei adquire poderes sobre-humanos, o tornando um caçador implacável. O tempo passa e agora assumindo o nome de Kraven, o rapaz se torna um mercenário, deixando um rastro de mortes por onde passa. Contudo, quando seu irmão é sequestrado, Kraven precisará enfrentar questões do passado para em uma jornada de vingança.
Até poderia nos conquistar pela ação…
A frase acima diz tudo sobre os sentimentos após sairmos da sessão do filme do Kraven. Pois por mais que este não se aprofunde, ou não possua um grande conceito relacionado a um universo maior de heróis, ou anti-heróis, ao menos a ação poderia nos conquistar.
Porém nem isso acontece! Classificado como para maiores, o longa é uma grande enganação relacionado a isso, justamente pelo fato do uso da violência ser em 90% das vezes através de pura computação gráfica mal empregada.
Não apenas isso, a direção de J.C. Chandor é pífia em todos os aspectos. Os diálogos são mal empregados, os atores parecem desconectados do que está acontecendo e nitidamente existe um problema de sincronização de voz com algumas sequências que foram refilmadas. Como isso foi aceito dessa forma? Não sabemos.
E mesmo com o apelo de Aaron Taylor-Johnson para que as pessoas deem uma chance a essa aventura, não há aqui nada que se torne interessante para despertar no espectador uma vontade real de saber mais sobre a história de Kraven. Nem mesmo o protagonista esbanjando seus músculos!
Elementos místicos e eu estou procurando algo para completar essa frase para parecer um pouco mais interessante
Kraven é um festival de duas horas de busca por algo que realmente nos faça acreditar na importância da sua existência como obra cinematográfica.
“Ah, mas esse é apenas um filme de ação…”
Velozes e Furiosos também, mas a grande diferença é que na saga do Toretto, eles entenderam que abraçar o absurdo era o caminho, já aqui, na tentativa de fazer algo mais “sério” e “brutal”, apenas temos uma espécie de peça mambembe baseada em quadrinhas e encenada com baixo orçamento.
E vamos encaixar o elemento místico para dar uma compensada! Lembram daquela viagem da Madame Teia à uma espécie de tribo de Homens-Aranha? Aqui uma personagem fica responsável por isso e tudo é explicado com a seguinte frase: “Você vem de uma linhagem de mulheres poderosas, tome isso!”
Quem são? De onde vem? Pra onde vão? Nunca saberemos!
O que nos leva a uma narrativa que gasta vinte minutos ou mais com a origem dos dons de Kraven, intercalada com cenas do caçador em ação, rápidas por sinal, para culminar no embate do protagonista com um vilão em CGI. Numa sequência inteira em CGI, com objetos em CGI e um desfecho em CGI.
Até mesmo o plot twist da história também possui um ser em CGI, ou seja, se não está dando certo, utilize a computação gráfica para tentar desviar o olhar do desastre que se encontra em todo o resto!
E vale a pena assistir?
Kraven, o Caçador demonstra o maior acerto da Sony: Encerrar esse universo! Infelizmente o filme do vilão do teioso não sustenta os seus conceitos, tão pouco se faz interessante para que o público encontre algo que o faça continuar atento a história.
Tudo isso em meio a diálogos sofridos, atuações sem qualquer entusiasmo e erros técnicos que ficam escancarados ao espectador. Fazendo com que toda experiência seja tão descartável quanto qualquer produção que veio antes!
E mesmo com o apelo de Aaron Taylor-Johnson para que as pessoas deem uma chance a essa aventura, não há aqui nada atrativo para despertar no espectador uma vontade de saber mais sobre a história de Kraven.
Kraven, o Caçador está em Cartaz no Cine A.
IMPORTANTE: O filme não possui cena pós-créditos!
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Kraven, o Caçador demonstra o maior acerto da Sony: Encerrar esse universo!