Devil May Cry vai do céu ao inferno em 8 episódios
Meu povo, a aguardada adaptação em anime da icônica franquia de videogames “Devil May Cry” finalmente chegou à Netflix, gerando uma onda de reações que variam entre o entusiasmo pela fidelidade visual e a frustração com certas escolhas narrativas.
Produzida pelo renomado Studio Mir, conhecido por seu trabalho em “Voltron: Legendary Defender” e “The Witcher: Nightmare of the Wolf”, a série prometia trazer a ação frenética e o carisma sombrio de Dante para um novo público.
Mas, sejamos francos: Eu não tinha fé, então não me decepcionei no fim. Logo, sem mais enrolação, vamos por partes:
Pontos Positivos: Um Banquete Visual e a Essência de Dante
Um dos aspectos mais elogiados da adaptação é, sem dúvida, a qualidade da animação.
O estúdio responsável demonstrou mais uma vez sua maestria em sequências de ação fluidas e impactantes, capturando a energia visceral dos combates característicos da série de jogos. Críticos e espectadores destacam particularmente o sexto episódio como um ápice visual e narrativo, evidenciando o potencial da equipe de animação.
A trilha sonora também merece reconhecimento, com o uso de músicas que intensificam a atmosfera e a adrenalina das cenas de luta, ecoando a energia pulsante dos games.
Outro ponto crucial é a representação de Dante.
O protagonista, com sua atitude rebelde, habilidades de combate impressionantes e um visual inconfundível, parece ter sido transposto para a animação com considerável fidelidade. Sua personalidade sarcástica e sua natureza ressoam com a imagem estabelecida nos jogos, o que certamente. Além disso, a série estabelece uma base sólida para futuras temporadas, com um final que deixa pontas soltas e insinua um universo mais amplo a ser explorado.
Essa abertura para o futuro é vista como um ponto positivo para aqueles que desejam ver mais aventuras de Dante no formato anime.
Surpreendentemente para alguns, a série também demonstrou um potencial para a profundidade narrativa. Longe de ser apenas pancadaria desenfreada, tivemos um lore e até mesmo um vilão com uma narrativa extremamente bem escrita.
Pontos Negativos: Ritmo Lento e Escolhas Questionáveis
Apesar dos seus méritos visuais e na representação do protagonista, “Devil May Cry” da Netflix também enfrenta críticas significativas.
Um dos pontos mais recorrentes é o ritmo da narrativa, especialmente nos primeiros episódios. Sinceramente, o início é lento, com uma quantidade excessiva de exposição que, por vezes, se torna repetitiva e prejudica o engajamento inicial com a história.
A consistência da animação também é um problema. Embora os momentos de ação sejam geralmente impressionantes, a qualidade pode variar entre os episódios, o que pode quebra a imersão frenética e te dá aquele momento para pensar “por que eu insisto em assistir?”.
O humor e os diálogos são complicados também! Humor juvenil e forçado, e o uso excessivo de palavrões por certos personagens é considerado desnecessário e até mesmo destoante do tom geral da franquia.
Para os fãs mais puristas da franquia, algumas liberdades tomadas na adaptação da história e de certos personagens podem ser motivo de descontentamento. Alterações na mitologia ou na personalidade de figuras conhecidas podem não agradar àqueles que possuem uma visão bem estabelecida do universo “Devil May Cry” (como eu).
A inclusão de elementos políticos na narrativa também foi questionável, esses elementos não se encaixam bem no universo sobrenatural e cheio de ação da série.
Uma coisa que eu só notei depois, mas muita gente criticou, foi a “Lady”. Sua apresentação, história, maneira de se posicionar, não é a mesma personagem, apenas aproveitaram a fama e cuspiram algo novo para o fã aprovar (acabou se tornando o personagem que menos gostaram).
Finalmente, a representação de certos demônios como excessivamente “humanos” foi deprimente, o esperado era uma abordagem mais monstruosa e sobrenatural dessas criaturas. A gente não tá num universo family friendly caramba, isso aqui é tipo Doom, demônio é debaixo do sapado ou no fio da espada.
E Vale a pena assistir?
No geral, o anime de “Devil May Cry” da Netflix se apresenta como uma adaptação visualmente atraente, que captura a essência do carismático protagonista Dante. A qualidade da animação em seus momentos de pico e a promessa de uma narrativa mais profunda são pontos positivos inegáveis.
No entanto, a série tropeça em um ritmo inicial lento, inconsistências na animação, escolhas questionáveis no humor e nos diálogos, e em algumas liberdades tomadas em relação ao material original.
Devil May Cry está disponível na Netflix
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No geral, o anime de Devil May Cry da Netflix se apresenta como uma adaptação visualmente atraente, que captura a essência do carismático protagonista Dante. No entanto, a série tropeça em um ritmo inicial lento, inconsistências na animação, escolhas questionáveis no humor e nos diálogos, e em algumas liberdades tomadas em relação ao material original.
