Entre altos e baixos (sobretudo na segunda temporada) Blue Lock continua sendo um dos melhores animes de esportes da década!
Entre os vários gêneros de animes que existem, talvez o que os fãs mais reviram os olhos e deixam de lado são os de esportes.
Talvez pela falta de aproximação (se você não pratica não vai achar graça), ou talvez pela ausência de um número maior de mangás publicados por aqui. Ou pode ser porque os mesmos são lançados na mesma época de outros com hype maior. São várias justificativas, mas um mangá e anime de futebol que merece atenção do público é Blue Lock e vamos explicar o motivo!
Battle Royale futebolístico
O Japão foi eliminado em mais uma Copa do Mundo em 2018 e a carência apontada para o “treinador” Jinpachi Ego é que o país não produz um atacante de destaque. Dito isso, o mesmo elabora um projeto audacioso: Reunir 300 atacantes de base em treinamentos que consistem em aprimoramento de técnicas e eliminações constantes na busca de encontrar esse tal jogador que vai mudar o rumo do país no esporte. O nome do projeto? Blue Lock.
Aqui entra Yoichi Isagi, o nosso protagonista. E já informo logo que de 300 jogadores ele é listado apenas como o 299º deste ranking e aqui está um dos acertos do mangá/anime: A constante evolução dos atletas.
E este é um daqueles animes que te prende logo de cara: No primeiro episódio já somos apresentados a este estilo de Battle Royale onde atletas são eliminados no primeiro dia e depois que os times são formados é disputado um torneio onde apenas o melhor sobrevive!
Personagens cativantes e trama envolvente
Apesar de termos Isagi como personagem principal, este é um anime que te mostra tantos personagens e até pequenas histórias de vida destes que é difícil você gostar apenas de um deles.
Bachira é um garoto habilidoso que nunca teve amigos para acompanhar seus dribles e raciocínio; Chigiri é um velocista que tem medo de usar sua principal característica por conta de uma lesão antiga; Nagi é um jogador que controla qualquer bola mas que parece não ter tanto interesse pelo esporte; Reo é o fiel escudeiro do Nagi; Barou é o atacante egoísta que consegue chutar bolas de longas distância e por ai vai.
Acompanhar a jornada desses personagens é gostosa demais, pois as partidas em si tem vários lances inacreditáveis, reviravoltas e uma trilha sonora certeira que te coloca dentro de campo. A primeira temporada começou e terminou com primor, mas a segunda tem seus altos e baixos.
Sinceramente, os 4 episódios da segunda temporada foram bem desanimadores. A história não flui tão bem, pois a animação pecou e muito. Os personagens estavam bem estáticos, vários momentos bons do mangá foram perdidos, e muitas das cenas eram como se fossem apenas páginas coloridas do mangá. Tanto que o anime recebeu o apelido por ai de PNG Lock.
Como os episódios são publicados semanalmente, a animação vai melhorando à medida que as críticas surgem e chegamos ao ponto principal da segunda temporada (e uma das melhores partes do mangá) onde a equipe de Blue Lock encara a Seleção Japonesa sub-20 onde o futuro do projeto depende do resultado.
E vale a pena?
Apesar de ser uma produção com futebol como fundo, o anime foca na evolução dos personagens, nas rivalidades criadas, no egoísmo de cada um que se diz atacante, mas sabe que precisa se sacrificar para a vitória do time.
Podemos dizer que este é um anime de futebol para quem não gosta de futebol.
O mangá é publicado no Japão desde 2018 e inclusive vencendo o prêmio de Melhor Mangá Shõnen em 2021 (mesmo gênero de Naruto, Demon Slayer, Dragon Ball Z por exemplo) e no Brasil sua publicação é feita pela editora Panini.
O mangá possui duas temporadas num total de 38 episódios e está disponível na Crunchyroll.
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