Drop – Ameaça Anônima é entretenimento na medida, e na duração, certas!
Lá em 2004 um filme chamado ‘Celular – Um Grito de Socorro‘ mostrava as novas possibilidades de um telefone celular, incluindo sua capacidade de gravar vídeos e fazer fotos, e se tratando do início dos anos 2000, já podemos imaginar como a tecnologia era inovadora. Com o passar do tempo, o cinema foi traçando novos caminhos para inserir as novidades da comunicação, e lógico que as facilitações atuais à menos de um clique, ou passo, não poderiam ficar de fora.
Assim, ‘Drop – Ameaça Anônima’ mescla elementos de diferentes gêneros, além de fazer bom uso da tecnologia em sua narrativa, para entreter o espectador do começo até o fim. E nessa história onde os medos vão ganhando diferentes formas, e a tensão aumenta a cada escolha da protagonista, percebemos que estamos muitas vezes a mercê de alguns fatores: Tecnologia e a possibilidade de encontros ruins! Ou seja, nem tudo a IA consegue resolver!
Fale Mais Sobre Isso
Violet está tentando recomeçar em certas áreas de sua vida, incluindo nos relacionamentos. Por isso, ela decide encontrar um homem que conheceu em um aplicativo de namoro, e deixa seu filho com sua irmã para poder ir nesse date. E o que poderia ser uma noite tranquila de conversa e romance, se torna um pesadelo quando Violet começa a receber mensagens em seu celular pedindo que ela realize ações perigosas durante o jantar, pois seu filho agora é refém de um bandido anônimo!
Você tem uma nova mensagem
Christopher B. Landon comanda a produção e o diretor, que já fez inúmeros trabalhos no gênero do terror, sabe como preparar o terreno para tensão, nos convidando a adentrar aquele cenário torcendo pela protagonista!
E para isso o diretor escolhe nos mostrar todas as possibilidades do espaço, as pessoas com quem Violet tem contato e as interações possíveis em um restaurante que por si só, poderia ser o ambiente perfeito para um crime.
Assim, as desconfianças começam nos mínimos detalhes, nos deixando cativos ao que a narrativa tem para oferecer, e o que é mais importante acontece: O entretenimento. Landon não apenas nos faz entrar no jogo de tentar descobrir o que está acontecendo, mas num verdadeiro “quem matou”, ainda sem assassinato, onde quem assiste, sem perceber, já foi capturado por esse sentimento.
Logo, quando as revelações e reviravoltas ocorrem, pode ser que uma certa previsibilidade transpareça, mas isso não remove a diversão, o suspense e a sensação de perigo que foi criada até então. Todos esses acertos nos fazem desejar o melhor para Violet em meio ao caos que cada mensagem gera.
Obviamente que a atuação de Meghann Fahy é sensacional. Nos dando camadas de vulnerabilidade e força, ao passo que vemos o crescimento de sua personagem, indo além dos trauma, para salvar quem realmente importa! E vibrar por ela se torna quase instintivo.
Deste modo, ‘Drop – Ameaça Anônima’ acerta ao contar sua história de forma coesa, sem precisar de exageros, sabendo como utilizar o tempo de tela, a tecnologia empregada e o carisma de sua protagonista!

Número desconhecido
Violet vivenciou um trauma muito grande em seu último relacionamento. E deixar seu filho Toby para ir curtir uma noite sozinha, se torna uma tarefa quase impossível, e difícil de ser realizada. Por isso, quando tudo acaba tomando um rumo em prol da sobrevivência, muito do seu passado surge como uma assombração para ela.
Por mais que possa parecer batido o aspecto traumático, ‘Drop’ sabe como dar camadas interessantes, referenciando a realidade, de forma dinâmica, bem construída e nada piegas.
Isso dá ao longa um ritmo, e uma duração, perfeitos para contar o que Violet passou, e como essa situação a tornou mais forte diante do que está vivendo naquele momento.
Ao mesmo tempo, o texto dá espaço para discussões pertinentes como relacionamentos abusivos, o exagero do uso das tecnologias, e a facilidade como nossos dados estão expostos. Sem contar que em vários momentos as situações colocam a figura da mulher em retratos que já devemos ter ouvido de histórias do cotidiano, rendendo bons diálogos e sequências.
Diante disso, o longa consegue nos fazer questionar o quanto as facilitações da comunicação podem ser perigosas, e o quanto um date pode se tornar imprevisível se realmente você não souber ao certo como seu, ou sua, pretendente ganha a vida!

E Vale o Ingresso?
‘Drop – Ameaça Anônima’ mescla elementos de diferentes gêneros, além de fazer bom uso da tecnologia em sua narrativa, para entreter o espectador do começo até o fim.
E nessa história onde os medos vão ganhando diferentes formas, e a tensão aumenta a cada escolha da protagonista, percebemos que estamos muitas vezes a mercê de alguns fatores: Da tecnologia na nossa mão e a possibilidade de encontros ruins! Ou seja, nem tudo a IA consegue resolver!
‘Drop – Ameaça Anônima’ está em cartaz no Cine A
'Drop - Ameaça Anônima' mescla elementos de diferentes gêneros, além de fazer bom uso da tecnologia em sua narrativa, para entreter o espectador do começo até o fim.