Thunderbolts* entrega o básico bem feito e a Marvel precisa aprender com isso!
Vamos lá! Poderíamos começar a crítica deste filme falando da falta de criatividade, apuro técnico e dinamismo nas últimas produções da Marvel, mas isso todo mundo já sabe, não é mesmo? Por isso, o fato é que finalmente a Casa das Ideias faz o trabalho do jeito certo! E sempre sendo salva por uma equipe que ninguém se importa tanto!
Desta forma, Thunderbolts* entrega o básico bem feito e a Marvel precisa aprender com isso! Ao construir personagens de forma coesa, focar no conflito de maneira única, e desenvolver uma história que não precisa se ater aos outros 35 filmes para nos envolver no entretenimento, o estúdio agora precisa olhar para o que foi feito e reproduzir, para quem enfim consiga retomar o sucesso, e o desejo do público por aquilo que tem para oferecer.
Fale Mais Sobre Isso
Yelena, Bucky, Guardião Vermelho, Fantasma, Treinadora e John Walker, o agente americano, formam o grupo de desajustados e rejeitados que, pegos numa armadilha pela diretora da CIA Valentina Allegra de Fontaine, são obrigados a embarcar num plano ofensivo que os fará confrontar seus maiores traumas e cicatrizes do passado. Além de uma ameaça que supera suas habilidades!
Uma Equipe que ninguém se importa
Jake Schreier comanda a produção que é um grande acerto da Marvel, isso desde Guardiões da Galáxia Vol.3!
A construção do longa quase se dá em forma de atos, onde cada bloco de acontecimento não é dispensável, e faz completo sentido com a história que está sendo contada, é exímia. Servindo como uma grande lição para o estúdio repensar como as narrativas de suas obras estão sendo contadas, e essa preocupação de universo compartilhado está mais prejudicando do que ajudando.
Logo é preciso dizer que este não é o “Esquadrão Suicida” da Marvel, mesmo que siga o molde de personagens que fogem do arquétipo de heróis convencionais para realizar uma missão, aqui o conflito não se faz por uma busca de liberdade atoa ou porque a cabeça deles podem explodir a qualquer momento, pois a motivação se faz mais por vingança, e por conta de outro personagem que ganha o apreço dos assassinos em questão.
Deste modo, a direção opta por sequências de ação “pé no chão”, onde os combates são frente a frente, com lutas bem coreografadas, justamente para dar ênfase as diferentes maneiras de embate de cada figura em tela. Principalmente porque não temos heróis com “poderes”. Então, ao contrário da pirotecnia desordenada em CGI de outras obras, a porrada se instaura de maneira intensa, e até mesmo engraçada.
Com isso, ao mensurar de forma correta drama, comédia, aventura e os elementos do universo Marvel, o comando do longa dá espaço para que as atuações também ganhem ênfase. E lógico, o grande nome é o de Florence Pugh, que demonstra não apenas características e a personalidade de sua Yelena, mas que nos mantém cativos a história do começo ao fim. Algo que há muito tempo um filme da Marvel não fazia.
Ou seja, a Marvel sempre sendo salva por uma equipe que ninguém se importa tanto!

O divertida mente da Marvel
Quando nosso redator Pedro Augusto Dias soltou a frase acima ao final do filme, a história fez ainda mais sentido. Já que acompanhamos uma Yelena a beira de um colapso, e todos os demais anti-heróis tentando encontrar um lugar em um mundo onde suas figuras não são bem-vindas. Ao mesmo tempo que Bob, o rapaz encontrado dentro de uma instalação, demonstra que seus conflitos internos, refletem nos traumas do passado de cada um.
Esse desenvolvimento se faz competente para nos fazer entender o que cada personagem está passando, ou sente, enquanto precisa executar mais uma missão para uma agência governamental, a mando de uma chefe megalomaníaca. Isso revela as vulnerabilidades, os medos e os desejos que cada figura possui. Alguns sem família, outros atrás de reconhecimento, e há aqueles que somente querem estabelecer uma conexão com outras pessoas.
E há muito tempo a Marvel não apresentava algo assim!
Obviamente o longa não é acertos o tempo inteiro.
Quando menos se espera, ou para os mais atentos, o desfecho se torna quase que um live-action de ‘Divertida Mente 2’, e tudo sendo movido pelo clássico “poder do amor e da amizade”. É bacana para quem ama um final feliz, e enfadonho para quem não aguenta mais o óbvio! Ao mesmo tempo, a Marvel continua o processo de reduzir certos personagens e seus poderes a algo abaixo do que são, e novamente isso é usado na narrativa, além do descarte rápido de figuras.
E isso atrapalha a experiência? Nem um pouco, porque finalmente, desde 2023, a Marvel consegue entregar uma experiência!

E Vale o Ingresso?
Thunderbolts* entrega o básico bem feito e a Marvel precisa aprender com isso!
Ao construir personagens de forma coesa, focar no conflito de maneira única, e desenvolver uma história que não precisa se ater aos outros 35 filmes para nos envolver no entretenimento, o estúdio agora precisa olhar para o que foi feito e reproduzir, para quem enfim consiga retomar o sucesso, e o desejo do público por aquilo que tem para oferecer.
Ou seja, a Marvel sempre sendo salva por uma equipe que ninguém se importa tanto, em uma obra com uma qualidade maior que suas últimas entregas!
Mas e “Deadpool & Wolverine”? Estamos falando de filme, não de um emaranhado de esquetes de programa de humor!
Thunderbolts* está em cartaz no Cine A
IMPORTANTE: Thunderbolts* possui duas cenas pós-créditos!
Thunderbolts* entrega o básico bem feito e a Marvel precisa aprender com isso! Ou seja, a Marvel sempre sendo salva por uma equipe que ninguém se importa tanto, em uma obra com uma qualidade maior que suas últimas entregas!